segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tempo de Deus

Em alguns momentos, temos a impressão de que Deus está muito distante como se estivesse indiferente ás nossas necessidades, sem pressa alguma em nos atender. Surge, a partir daí, uma tensão, entre a nossa pressa e a aparente demora de Deus. O resultado, não raro, é a sensação de abandono, de agonia e de impotência total.
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Há três reflexões que precisamos fazer nessas ocasiões. A primeira, Deus não tem pressa! O agir de Deus como Senhor do tempo, da vida e da história é na exata medida de sua precisão. Ele é perfeito em tudo que faz. A pressa é própria do homem. Nossas neuroses não combinam com a paciência de Deus, sendo sempre bom lembrar que a nossa pressa não altera a ordem natural das coisas. O fluxo da vida é como o leito de um rio, que corre sozinho, sem pressa que ninguém precise apressá-lo.
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Em segundo lugar, a aparente demora de Deus deve ser entendida por nós como um tempo pedagógico. Enquanto esperamos, Ele nos está ensinando algo. Muitas vezes, é na expectativa da espera que encontramos tempo para um mergulho em nossa interioridade, mudamos nossas percepções, refletimos sobre nossos valores, sentimentos e prioridades. Esperar origina uma forma de aprender. Quando esperamos por Deus, estamos aprendendo com ELE.
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Uma terceira reflexão que deparamos no espaço do tempo entre a procura e a resposta, é que na vida nada melhor que um dia após o outro. O tempo sempre nos traz á luz aquilo que não conseguimos enxergar de imediato, porque a pressa encobre nossa visão. Consequentemente, a paciência produz a experiência, e a experiência nos conduz á esperança. Quem quiser colher frutos no futuro, precisa aprender a plantar esperança e paciência. Logo, por que apressar o rio se ele corre sozinho e naturalmente?
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A cultura do imediato, das respostas prontas, da comida rápida e das demais neuroses que a sociedade moderna nos impõe, acaba roubando de nós a paciência, uma das virtudes mais indispensáveis para quem quer viver uma vida melhor, e colher os frutos de um amanhã salutar.
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A vida desenvolve uma contínua construção, sempre inacabada, que exige repensar valores, vivenciar novos sentimentos, aprender novas lições, conquistar novos espaços e vislumbrar novos horizontes. A vida é pedagogia pura. Ela é um aprendizado forjado nas lições do cotidiano.
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Deixemos pois, que cada dia dê conta de si mesmo, e que despeje suas águas turvas, cheias de mazelas e tensões, sempre ao pôr do sol. Tenhamos sempre em mente que Deus está no controle de tudo inclusive do tempo. Porque, então apressar o rio? Siga o conselho de Jesus, o Mestre da vida:

"NÃO ANDEIS ANSIOSOS PELO AMANHÃ; BASTA CADA DIA O SEU PRÓPRIO MAL".
Deus não tem pressa! Nós é que não sabemos viver.
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*** Texto recebido por email, sem autoria destacada. Caso seja o autor, os créditos serão dados.***

sábado, 14 de novembro de 2009

Faça diferença!

Conforme prometido algumas semanas atrás, quero comentar alguns trechos da letra de uma música que postei e, através dela, nos desafiar a termos algumas atitudes diferentes.

“Que adianta apontar o caminho e seguir outra direção? Quando o mundo tenta nos enxergar, será que vê o que realmente somos?”

O que você vive tem demonstrado o que você é? É atribuída a São Francisco de Assis a autoria da seguinte frase: “evangelize sempre e, se for necessário, use palavras”. Quando as pessoas olham pra você eles conseguem identificar o que você diz acreditar? Tiago nos adverte em 1.22 que se não formos praticantes da palavra, estaremos nos enganando.

“Pra fazer diferença, não basta ser diferente. De que modo eu mudo a história, com discurso ou com ação?”

Muitas vezes, nós cristão achamos que devemos nos afastar de tudo o que não é “sacro”. Nos colocamos em posição de destaque do restante da sociedade, pois estamos “andando com Cristo”. Mas não é bem isso que a Bíblia nos ensina, temos que mostrar diferença, fazendo a diferença. Ao longo da história tivemos cristãos, que agindo segundo os ensinamentos de Cristo, fizeram diferença na história. No século XIX a pressão cristã na Inglaterra iniciou o fim do tráfico de escravos. Assim como esse, poderíamos citar diversos outros exemplos, talvez em menor escala, de como a igreja e o cristão podem ser relevantes e fazer diferença na sociedade, simplesmente agindo conforme princípios cristãos.

“Pra falar do amor, tenho que aprender a repartir o pão. Chorar com os que choram, me alegrar com os que cantam. Ninguém vai me ouvir sem amor.”

Aqui vemos uma clara referência a Romanos 12.15 (Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram), mas não é só isso. Temos, também, uma continuidade do que vimos acima. Para ser relevante, tem que agir, tem que estar junto, tem que servir. Em Mateus 25.31-40 Jesus Cristo trata especificamente desta atitude e nos ensina claramente que ajudar alguém que está com uma necessidade, é servir o próprio Cristo. Se não for acompanhado de atitudes, certamente seu discurso será vão.

Meu desafio para cada um de nós com este texto é que andemos no caminho e chamemos os outros para andar conosco através, principalmente, de nossas atitudes. Que a gente pare de mostrar pra que lado é o caminho certo, enquanto continuamos parados ou andando no caminho oposto. Cada um pode fazer uma pequena diferença, mas muita gente fazendo pequena diferença, se torna uma grande diferença.

Fiquem com Deus!

Saudações,